lunes, 19. enero 2009
Belém se manifesta pela Palestina Uma resolução da ONU em maio de 1948, com o apoio dos Estados Unidos, dividiu o território Palestino entre árabes e judeus, criando o Estado de Israel. Na época todos os regimes árabes prometeram destruir Israel, dando origem ao conflito. Em 1967, após um longo período de guerra, Israel invadiu a Margem ocidental da Palestina, incluindo Jerusalém e a faixa de Gaza. Essa invasão criou um grande número de refugiados/as palestinos/as. Estima-se que há cerca de 3,5 milhões de refugiados/as palestinos em países vizinhos. Israel descarta a hipótese da volta de todos/as refugiados/as a seu território. A Autoridade Nacional Palestina quer que as fronteiras voltem a ser como eram antes de 1967, Israel rejeita essa possibilidade. Até os recursos hídricos de toda região são reivindicados por Israel. Na década de 70, surgiram o Hamas e o Hizbollah, grupos políticos que tem como um dos seus objetivos o fim do Estado de Israel. Em 2006 o Hamas vence as eleições legislativas palestinas e, portanto, escolhe o Primeiro Ministro, contudo seu gabinete é boicotado por Israel e pelo Ocidente, à frente dos EUA, que o tratam como grupo de terroristas. Hoje fala-se muito do Hamas, nos jornais, na televisão e a vinte anos o Hamas nem existia e também não existia o Hizbollah libanês. Israel, de certo modo, provoca o surgimento desses grupos, por sua atitude de afrontamento sistemático contra os palestinos, denotando, portanto, que o Hamas e o Hizbollah são resultado da própria intransigência de Israel. Mas, desde o final dos anos 80, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) tem se mostrado disposta a negociar e a encontrar soluções. O que se vê é que, em sua prática de propaganda, Israel mistura muito habilmente sintomas e causas. Praticamente todos os veículos de comunicação que noticiam o conflito palestino-israelense dão destaque a violência, mas esquecem sempre de dizer que a violência é sintoma, manifestação da doença, do mal-estar, expressão de uma outra coisa. Esta outra coisa, de que ninguém fala, é a causa. São poucos os que lembram que a causa da violência é a ocupação da Palestina por Israel. É uma situação estranha, e efetivamente trágica. Na Palestina, pede-se aos que vivem sob ocupação que garantam a segurança dos ocupantes. É surreal. Para explicar uma situação muito simples - um país foi ocupado, seus habitantes defendem-se contra os ocupantes-, chegamos a ponto de confundir: as vítimas seriam os agressores, e os agressores, as vítimas. Começaram por confundir a mente dos próprios israelenses, depois, pouco a pouco, confundiram todas as mentes. Entre o início da ofensiva sobre Gaza, há 22 dias, e até 16 de Janeiro, ao menos 1.157 palestinos foram mortos, incluindo grande número de crianças; Do lado israelense são treze mortos (sendo três civis), de acordo com o Ministério da Saúde local. O futuro presidente dos EUA, Barak Obama, não se posiciona contrário a agressão de Israel, faz como Pilatos, lava as mãos diante de tanta caneficina. O GT de Reforma Urbana do Fórum Social Mundial 2009, em Belém do Pará - Brasil, exige o fim da agressão de Israel ao povo palestino, com o imediato fim dos ataques e devolução do território ocupado. (GT Reforma Urbana) cosmica, 19/1/09 23:15
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